quinta-feira, 13 de junho de 2013

Vida: uma escola sem muros


Quantas vezes não indagamos o porquê de muitas pessoas não valorizarem como objeto de conhecimento a cultura de rua, as práticas sociais, entre outras situações as quais só encontramos no ambiente externo à escola? Por vezes desprezamos que o desenvolvimento cognitivo existe somente numa interação dialógica entre o sujeito e o objeto de conhecimento a partir da referencia biografica deste mesmo sujeito.

Pensar em educação implica pensar numa serie de coisas, afinal, como dizia Paulo Freire: “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”, em outras palavras, antes de sabermos, ou desenvolvermos determinada informação como “conhecimento”, lidamos com uma situação empírica, onde, a partir de nossos referenciais biográficos, atribuímos valores hierárquicos sobre os objetos cognoscíveis.

Socialmente somos tão condicionados, pelos padrões privados de cultura e educação, que não damos valor a vasta circulação de informações contidas em nossos ambientes de convívio cotidiano, esquecendo que aprendemos no breve papo durante o intervalo entre as aulas, lendo um livro, brincando no jardim e quando mergulhamos nos próprios pensamentos, enquanto observamos uma bela paisagem. Enfim, aprendemos a todo o momento e durante toda a vida.

Lamenta-se muito quando alunos são convidados a trabalhos de campo, durante as oficinas, ou mesmo a outros momentos de socialização, em que os mesmos consideram supérfluo. Nestes momentos percebemos como a estrutura de escolarização tradicional, onde valoriza-se a imponência do professor e os conteúdos rigidamente “didáticos”, cristalizou-se nestes educandos e, quebrar essas posturas doxas torna-se um trabalho contínuo a ser praticado a quem está disposto a uma proposta mais construtivista.

A questão é: como fazer com que as pessoas de nosso convívio social próximo percebam que a vida é uma escola sem muros, sem privações de opinião, algo a ser apreendido, questionado e refletido? Como fazer para que a educação seja uma prática para a liberdade e não uma extensão ou reprodução do sistema tradicional?

domingo, 19 de maio de 2013

Desigualdade



                  Pensar em desigualdade pressupõe uma serie de conceitos. Percebemos, no entanto, que todo ato conceptivo de desigualdade parte do princípio de classificação e diferenciação cultural historicamente constituído e transmitido tradicionalmente de forma pragmática.

                 Numa observação criticamente gnoseológica, podemos observar que os costumes socialmente pré-estabelecidos, e que proporcionam caracteristicamente uma predisposição de valores, hierarquias e concepções, são apreendidos desde a infância a partir das tradições que durante a primeira socialização percebe-se como aceitação e prestígio social. Por vezes conhecemos indivíduos os quais reproduzem estes hábitos de forma ignorantemente preconceituosa.

                   A partir deste mesmo preceito, a desigualdade se cristaliza e perdura no decorrer das eras, em reprodução das estruturas pragmáticas do desenvolvimento capitalista, pois como propõe Pierre Bourdieu, as estruturas culturais estabelecidas e reproduzidas, de geração em geração, tem o intuito de manutenção da estrutura vigente, onde a classe hierárquica domina o capital cultural, de modo que a cultura da elite social sobrepõe majoritariamente a aprovação social.

                 Sem a percepção de que existe uma estrutura social de desnível de aprovação cultural, reproduziremos os pré-conceitos de valoração cultural, e permitiremos que a cultura dos excluídos seja aniquilada pelas informações da comunicação em massa, circulante, quase que unicamente, pela aprovação dos dominantes sociais.

  Dam Reis

terça-feira, 16 de abril de 2013

Repensando o cotidiano- Apresentação

Olá caros/caras leitores/leitoras Este blog está se formando com a principal idéia de repensar as dinâmicas sociais do dia a dia, momentos culturais e discursos ideológicos veiculantes em ambientes de comunicação em massa.

 OBJETIVOS: Aqui pretendemos discutir, observar ou quem sabe até esmiuçar fatos rotineiros, ou isolados, em destaque na vida cotidiana.

 JUSTIFICATIVA: A idéia deste blog surgiu durante uma tarde onde buscávamos alternativas de ação para ajudar pessoas com dificuldades de legitimação social, ou mesmo de argumentação divergente da massivamente midiática a qual temos fácil acesso pela comunicação em massa.

 METODOLOGIA: pretendemos desenvolver postagens dissertativas e críticas, por vezes fundamentada por livros ou periódicos; Por vezes faremos postagens através de vídeos expositivos; Divulgaremos eventos em que tivermos acesso, de preferencia os de acessibilidade gratuita. Indicaremos livros de interesse;